Sentir-se avaliado é uma situação que geralmente deixa qualquer pessoa muito desconfortável, não é mesmo? Pensando nisso, e na prática de dezesseis anos trabalhando diretamente com acompanhamento e avaliação de desempenho, entendo que essa experiência não precisa ser desconfortável, causar ansiedade, angústia ou desconfiança nas pessoas. Pelo contrário, pode ser uma oportunidade de autoconhecimento, de redirecionamento da carreira, de esclarecimento e de ampliação da percepção sobre si, sobre a equipe e sobre a empresa.
Por isso, acredito ser importante, para além das ferramentas técnicas utilizadas, que o psicólogo consultor seja um facilitador de todo esse processo, através de:
* Escuta acolhedora da demanda da empresa considerando sua cultura, sua história e contexto, sem querer “enquadrar” a demanda em modelos prontos de mercado. Cada empresa é única e sua maneira de avaliar e acompanhar os funcionários precisa levar isso em consideração;
* Empatia e acolhimento aos colaboradores, através de uma comunicação clara e objetiva sobre as etapas, expectativas e funcionamento do projeto. Lembrando que, a partir do momento que as pessoas se sentem seguras, elas tendem a falar o que pensam com menos receio e mais tranquilidade;
* Autocuidado com sua postura frente às pessoas, com suas expectativas, suas críticas e receios, afinal de contas, somos pessoas que dificilmente iremos ser assertivos a todo momento e também não conseguiremos agradar a todos.
